quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A palavra é VISIBILIDADE!

No mês de agosto acontece a semana da Visibilidade Lésbica, que vai do
dia 19 ao dia 29. O dia 19 de agosto é o dia nacional do Orgulho
Lésbico, representando a primeira grande manifestação de lésbicas no
Brasil, que aconteceu na cidade de São Paulo, em 1983, no Ferro's Bar.
O ato acorreu em decorrência de algumas ativistas do Grupo de Ação
Lésbica Feminista (Galf), terem sido impedidas de vender os folhetins
da associação que tratavam da temática lésbica. Várias ativistas
relataram que foram perseguidas e constrangidas por policiais e
seguranças do estabelecimento, desencadeando vários protestos e atos
políticos.

Já o dia da Visibilidade Lésbica é comemorado no dia 29 de agosto. A
data foi escolhida em alusão ao I Seminário Nacional de Lésbicas
(SENALE), que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1996. O SENALE foi um
espaço fundamental onde aconteceram vários debates em torno da
lesbianidade, e também um espaço de auto-organizaçã o das mulheres,
dando visibilidade às reivindicações e rumos do movimento. A
lesbofobia é um fator presente em nossa sociedade regida pelo
heteropatriarcado, machismo, fundamentalismo, sexismo e principalmente
pelo racismo, pois se além de ser lésbica, a mulher for negra a
opressão vivida é maior ainda.

Segundo dados de uma pesquisa feita com 150 mulheres de 17 a 57 anos,
pela "Rede de Informação Um Outro Olhar", 60% das mulheres não
heterossexuais quando vão ao ginecologista não revelam sua orientação
sexual. Na saúde temos dados alarmantes de despreparo dos/das
profissionais da área, em relação às especificidades das lésbicas.
Apesar de termos avançado, ainda temos pouquíssimos dados como artigos
e pesquisas publicados sobre saúde em relação às mulheres não
heterossexuais. Ate hoje não temos insumos de prevenção às doenças
sexualmente transmissíveis específicos, uma demanda constante do
movimento.

Por que quando a homossexualidade é discutida o debate é direcionado
aos homens gays? Vivemos em mundo cuja cultura do patriacardo
interfere diretamente na opinião das pessoas, que por preconceito
preferem ignorar a homoafetividade feminina. Quando enfrentamos os
desafios cotidianos percebemos que a saída contra a invisibilidade
lésbica não é individual, mas sim um projeto coletivo de outra
sociedade, sem les/bi/transfobia. Temos que unificar as lutas com os
demais movimentos sociais, incorporando efetivamente ações concretas
contra a cultura heteropatriarcal, e por um mundo livre de opressões.

Wládia Fernandes
Militante Lésbica do Ceará

Wladia Fernandes (85) 8878-4148
Assessora de Juventude e Diversidade LGBTT
Deputado Federal Eudes Xavier
wladiafernandes@ yahoo.com. br
Blogger: http://wladiafernan des13.blogspot. com/
SAUDAÇÕES SOCIALISTAS E HOMOAFETIVAS!

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